quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Módulo Fotografia de Autor

Descritor possível para trabalho de Luís Antunes

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Pinhole

A Pinhole construída na sessão de dia 28 de Outubro de 2007

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

"MORABEZA"

Artist Statement Com a presente narrativa - “Morabeza” - João Cláudio Fernandes propõe-se abordar o contexto social e cultural do Bairro da Cova da Moura. Em Maio de 2007 visitou o bairro, participando numa iniciativa chamada “Sabura” – Turismo social no Bairro Cova da Moura – promovida pela Associação Cultural Moinho da Juventude. As fotografias foram a forma encontrada para falar aquilo que as palavras não conseguem revelar. O fotógrafo evidencia os aspectos positivos de uma comunidade africana imigrante, na sua maioria Cabo-verdiana, estigmatizada pela comunicação social que confunde acontecimentos pontuais e fracturantes com um quotidiano e vivências normais de uma comunidade que há alguns anos se fixou nesse local. Desta forma, as imagens, em enquadramentos simples e directos, são um desafio a uma campanha de difamação com interesses imobiliários na reabilitação do bairro, uma vez, que este se encontra num local estratégico bem situado às portas de Lisboa. O autor ao retratar os acontecimentos do dia a dia desta comunidade estruturada como uma pequena cidade, onde existem diversas profissões implantadas no ritmo de funcionamento quotidiano, procurou realçar e valorizar um enorme património cultural e humano escondido aos olhos do público em geral. Por consequência o título dado a esta narrativa – “Morabeza” - em crioulo, que significa acolhimento, hospitalidade, foi propositadamente escolhido como meio de interpelação ao preconceito que tantas vezes cria cisões na nossa sociedade. “Morabeza” pretende criar no público um estímulo, um questionamento e uma provocação para olhar a vivência humana destas gentes com outros olhos.
João Cláudio Fernandes

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Verde escuro

O caos de Odivelas desinspirou-me. Estivéssemos no sec. VIII a.C e guiássemo-nos pela mitologia grega e o caos poderia ser um “vazio primordial de carácter uniforme, ilimitado e indefinido que precedeu e propiciou o nascimento de todos os seres e realidades do universo”*. Mas este é um caos actual e, irremediavelmente contemporâneo. Contemporâneo e omnipresente em alguns subúrbios de cidades como Lisboa. Um caos de betão e que aniquila o verde que, aqui e ali, se esforça en nome de uma esperança de outros futuros mais equilibrados. Um equilíbrio que se perdeu para sempre. Um verde que só um olhar exigente pode notar. Viver rodeado desta desarrumação turva o olhar e as ideias. Serão alguma vez os blocos de betão arrancados para a plantação de árvores? À sombra deste prédios vivem-se rotinas que engolem o tempo e as energias que poderiam tornar este caos numa oportunidade. Alípio Padilha ____________________ *in Diccionário Houaiss de Língua Portuguesa

nota: bem diferente do que apresentei na aula bem sei. de entre as fotos tiradas naquele dia eliminei as que não continham nenhum verde residual substituindo-as por duas que o mantêm dificilmente focado. a inspiraçao esvai-se tal como o quase ausente verde. ;-). boas Fotos e sempre olho Vivo!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

IDADE DO PLÁSTICO

Cada época humana pertence a uma denominada Idade histórica. Possivelmente, a Idade Contemporânea neste século XXI deu lugar a uma nova era. Hoje, o homo sapiens plasticiza-se em homo digitalis, mestre e escravo da tecnologia e das comunicações. Um mundo onde o acto de comunicar está em revolução. Tal como os instrumentos que usamos, de fácil consumo e rapidamente descartáveis: massificados e de plástico. Os jovens, como agentes privilegiados do processo, chamados de “geração do polegar”, dão uma nova ordem ao velho teclado da máquina de escrever e em explosões de criatividade, criam novos símbolos e novas formas de comunicar. Breves ligações (algumas descartáveis, como as embalagens que envolvem os bens materiais da cultura urbana ocidental), sem profundidade ou identidade visual que nos remete para a seguinte questão: -Consigo conhecer o meu amigo, ou interlocutor pela orelha ou pelos sapatos calçados? Este desconhecimento parcelar denuncia o pouco que conhecemos dos que nos rodeiam. E, numa fila de identificação fotográfica conseguimos todos conhecer as nossas partes físicas ou de vestuário, semelhantes a tantas outras? Numa conversa SMS, as inúmeras parcelas constituintes, removidas do seu contexto, podem ser tanto suas como minhas. Identidade? Individualidade? “Ser ou não ser, eis a questão”.
JORGE AC FIGUEIREDO

do Latim vitiu



do Latim vitiu
s.m.,(...) acção indecorosa que se pratica por hábito;(...) dolo(!)

Compulsivo, descontrolado, sem consciência ou necessidade. Instinto natural, o desejo de possuir, procurar sentidos. Expressões físicas do Eu.


Reflexos de personalidade. Busca eterna de estímulos externos.
O prazer é tão fugidio quanto o desejo primário.

Extenuante!

Sentir falta de tudo e ao tê-lo, sentir que ainda não era o tudo, e recomeça a busca, mais intensa, mais vincada.

O falso prazer, os falsos sentidos das verdadeiras emoções mascaradas de exacerbadas intenções.

Conforto magoado por (de)feito próprio.

Filipa Rodrigues

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Movimentos urbanos

Este trabalho é fruto de dois desafios: realizar um projecto fotográfico consequente, uma série de fotografias com uma narrativa própria e, ao fazê-lo, utilizar técnicas fotográficas alternativas.
“Movimentos urbanos” aborda esse movimento, quase automático, que transforma as cidades em formigueiros gigantescos, onde as pessoas seguem umas atrás das outras sem se conhecerem, entrechocam-se sem pedirem desculpa, olham-se sem se falarem, conquistam o espaço ao vizinho sem pestanejarem.
A escolha da fotografia estenopeica (pinhole) tira partido das suas principais características. A profundidade de campo extrema faz com que todos os planos sejam apresentados por igual e os longos tempos de exposição fazem com que todo e qualquer movimento apareça escorrido, salientando assim o contraste entre a pedra e a vida.
Mário Félix

Watch(in') Time

Vivemos realmente o tempo, ou ele foge-nos por entre os dedos?O relógio condiciona inexoravelmente o nosso quotidiano. Voluntariamente ou arrastados, vivemos o dia-a-dia com “falta de tempo”, recorrentemente verbalizando que “tempo é dinheiro”. Contudo, desaproveitamos tempo e perdemo-lo efectivamente, extraviados num mar de superficialidades, apanágio da “vida moderna”, das grandes cidades e das catedrais do consumo.Também sabemos que o “tempo foge”, que não se regenera, que jamais poderá inverter a sua implacável marcha. Mas, mesmo sabedores de tal facto, caímos no insensato logro de pensar que o mesmo não finda, nem se nos acaba jamais. Quedamo-nos, dessa forma, numa letargia em que apenas olhamos insistentemente para o relógio que marca o compasso diário da pauta que constitui a soma dos nossos dias, divisando incrédulos o tempo que passa.O relógio marca o tempo e nós, seus senhores, limitamo-nos a vê-lo passar, displicentemente.O trabalho que agora se apresenta, visa abrir portas à reflexão sobre a efemeridade do tempo e a necessidade de o viver intensamente, como se cada dia fosse o último e o relógio pudesse parar logo ali.

Arlindo Pinto

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

(o) olhar(es) (dos) livros...

Sair de casa. Raramente o faço sem um livro. Sem ele(s), a vida torna-se um vazio. Vazio de mundos. Vazio de outros. Acto solitário, gosto, depois, de o tornar cúmplice de tantos outros. Nas conversas com amigos, na leitura de pequenos excertos cuja autoria anseio, no simples olhar, no dedo que vai beijando as folhas.
O livro é, assim, o companheiro de viagem. E como qualquer companhia, o livro cresce na medida de circunstâncias. A água que jorra de uma fonte, bailando ao som do vento, a pomba que me assusta ao passar rasante, a sedução ondulante das pedras e da água. O sinal de trânsito que não me deixa avançar.
E na intenção inicial de me isolar, de conhecer mundos-pessoas-outras, a realidade que quero invisível torna-se – surpreendentemente – mais consciente. Afinal, sempre lá esteve.
E é reconfortante, tranquilo… o abraço.

sábado, 20 de outubro de 2007

Ramadão - Módulo fotografia de autor

Num mundo dos homens
Oração das 21
Um entre muitos Oração da Quebra do Jejum
Ser tocado pelo Imã e partir
Artist statment
Andar por aí a tropeçar nas linhas, nas cores, nos tons, nos contrastes, nos objectos, nas pessoas, especialmente nas pessoas. Andar por aí e parar, olhar, contemplar e registar.
Com a câmara fotográfica volto a ver, reenquadro, selecciono, elimino, comprometo-me, assumo a minha parcialidade, humanamente desfocada. Com as lentes que escolho, pinto a minha realidade como a sinto, e deixo entrar a luz mais depressa ou mais devagar, na procura de ritmos escondidos.
Andar por aí e contar estórias, inventando ficções, procurando encontrar o que não vejo. Foi também assim em Lisboa, decorria o ano de 2007, estávamos no final do Ramadão.
- O Ramadão -
João Vasco

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Modulo I / fotografia de autor

Pedro Leitão
Ana Nunes

artist statment

A forma como interpretamos e interagimos com o que nos rodeia, através do que nos é passado e do que tomamos como certo através da experiência adquirida, projecta o que realmente somos.
O posicionamento cronológico, mostra algo que é imutável e igual para todos, dependendo desse posicionamento há sempre duas verdades, que anulam a individualidade e a transformam numa simples definição.
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Como viveram muito e foram muitas vezes enganados pelos outros e por si pensam que nada sabem, duvidam, dizem sempre talvez. Têm mau humor, pois vêem as coisas do pior prisma; são desconfiados por incredulidade e incrédulos por experiência. Amam pouco e não sentem ódio por nada; cumprem o preceito de Bias; amando como se viessem a odiar e odiando como se viessem a amar. São pusilânimes, por terem sido humilhados pela vida; não desejam nada de grande; desejam, sim, o que é útil. Não são generosos, pois a propriedade é necessária e eles sabem que difícil adquirir e fácil perder. Receosos, assustam-se com tudo; porque têm tendências opostas às dos jovens, são frios quando aqueles são ardentes; assim a idade abre-se-lhes ao receio, que é afinal, falta de entusiasmo. Amam a vida e sobretudo o último dia, porque se deseja sempre o que se não tem. Demasiado egoístas, o que é também pusilanimidade, vivem mais para o interesse que para o belo; com efeito, interesse é o que é bom para si próprio e o belo é simplesmente bom. Não se envergonham de nada que façam, pois não crêem que o belo tenha o valor do útil, e desprezam completamente as aparências. Têm pouca esperança, pois têm experiência: com efeito, a maioria dos acontecimentos são aborrecidos. Têm medo, vivem mais da lembrança que da esperança, pois o tempo que lhes resta para viver é breve e o passado é longo; por isso contam vezes sem fim o que lhes aconteceu na vida, repetindo as coisas. As suas cóleras são grandes mas sem força, porque as suas paixões são agora fracas; não é a paixão que os move mas o interesse. E parecem assim moderados, com as paixões dominadas pelo interesse. Guiam-se mais pelo raciocínio que pelo sentimento, porque o pensamento relaciona-se com o que é útil e o sentimento com as virtudes. Se por ventura são injustos, são-no intencionalmente. As pessoas de idade sentem por vezes piedade, mas não pelas mesmas razoes que os jovens; estes sentem-na por amor aos homens; aqueles por fraqueza; pensam que esse mal os vai tocar também e têm pena então. Também são queixosos e sem alegria: lamurias e contentamentos opõem-se. É assim o carácter dos velhos.
"Teofrasto – a retórica sobre os velhos"

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Sessão PINHOLE

Na sessão dos processos experimentalistas do Curso de Fotografia Aplicada, ficou combinado que o processo a ser feito seria uma PINHOLE de médio formato (rolo 120), a construir no dia 28 de Outubro de 2007 (domingo), sendo que possivelmente ocupe a parte da manhã e da tarde, onde haverá almoço pelo meio।

Fica aqui lista do material a adquirir para a construção da PINHOLE

O papel fotográfico para as experiências será fornecido pelo MEF

O desenho da PINHOLE (planificação) será fornecido pelo colega Rui Aguiar

LISTA DE MATERIAL PARA

PINHOLE MÉDIO FORMATO – ROLO 120

Material a levar:

  • Régua de 50cm
  • Lapiseira/lápis Borracha
  • Cola para papel (tipo UHU - Bisnaga e baton)
  • X-acto Tesoura
  • 1 Folha de papel de alumínio (do que serve para forrar os fogões)
  • Tinta preta mate (de spray ou de pincel, neste caso levar também o pincel)
  • Fita-cola de papel (da que cola com água)
  • 15 cm de velcro preto não autocolante (macho e fêmea)
  • Alfinetes ou agulhas
  • 2 Veios centrais de rolo de médio formato [são pedidos nas lojas de fotografia especializadas]
  • 1 Rolo fotográfico de médio formato (cor ou preto e branco)
  • 1 Cartolina preta 1 rolo de fita-cola isoladora preta (convém que seja de boa qualidade para ser opaca)
  • 1 placa 70x100 de cartão de 1mm
  • Marcador preto

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Festas da Rã

Bem, cá deixo também a minha contribuição! Nas Festas da Rã em S. Domingos de Rana.