quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Watch(in') Time

Vivemos realmente o tempo, ou ele foge-nos por entre os dedos?O relógio condiciona inexoravelmente o nosso quotidiano. Voluntariamente ou arrastados, vivemos o dia-a-dia com “falta de tempo”, recorrentemente verbalizando que “tempo é dinheiro”. Contudo, desaproveitamos tempo e perdemo-lo efectivamente, extraviados num mar de superficialidades, apanágio da “vida moderna”, das grandes cidades e das catedrais do consumo.Também sabemos que o “tempo foge”, que não se regenera, que jamais poderá inverter a sua implacável marcha. Mas, mesmo sabedores de tal facto, caímos no insensato logro de pensar que o mesmo não finda, nem se nos acaba jamais. Quedamo-nos, dessa forma, numa letargia em que apenas olhamos insistentemente para o relógio que marca o compasso diário da pauta que constitui a soma dos nossos dias, divisando incrédulos o tempo que passa.O relógio marca o tempo e nós, seus senhores, limitamo-nos a vê-lo passar, displicentemente.O trabalho que agora se apresenta, visa abrir portas à reflexão sobre a efemeridade do tempo e a necessidade de o viver intensamente, como se cada dia fosse o último e o relógio pudesse parar logo ali.

Arlindo Pinto

3 comentários:

linha exaltada disse...

eu bem te vi lá de telemóvel no ar. afinal estvas a queimar tempo e esse arde bem se continuarmos distraídos. boas fotos. tyenho que ver o teu site fiquei curioso. abraço até 3ª

lapsus disse...

De repente, pequenos gestos passam a fazer sentido. E na voracidade do tempo, que nos vai conduzindo para um "tempo-outro", procura-se aprender sempre um pouco mais. Gosto muito do teu trabalho. Parabéns.
Paulo Martins

Arlindo Pinto disse...

Caro Alipio:
Se calhar aproveitei o tempo!!! Espero que gostes do resto, se não gostares, pelos menos, odeia!

Caro Paulo:
Há quem diga que o tempo, outro ou este, não existe, apenas os relógios para nos controlarem...

Abraço aos dois!
Keep Rocking!