quinta-feira, 25 de outubro de 2007

IDADE DO PLÁSTICO

Cada época humana pertence a uma denominada Idade histórica. Possivelmente, a Idade Contemporânea neste século XXI deu lugar a uma nova era. Hoje, o homo sapiens plasticiza-se em homo digitalis, mestre e escravo da tecnologia e das comunicações. Um mundo onde o acto de comunicar está em revolução. Tal como os instrumentos que usamos, de fácil consumo e rapidamente descartáveis: massificados e de plástico. Os jovens, como agentes privilegiados do processo, chamados de “geração do polegar”, dão uma nova ordem ao velho teclado da máquina de escrever e em explosões de criatividade, criam novos símbolos e novas formas de comunicar. Breves ligações (algumas descartáveis, como as embalagens que envolvem os bens materiais da cultura urbana ocidental), sem profundidade ou identidade visual que nos remete para a seguinte questão: -Consigo conhecer o meu amigo, ou interlocutor pela orelha ou pelos sapatos calçados? Este desconhecimento parcelar denuncia o pouco que conhecemos dos que nos rodeiam. E, numa fila de identificação fotográfica conseguimos todos conhecer as nossas partes físicas ou de vestuário, semelhantes a tantas outras? Numa conversa SMS, as inúmeras parcelas constituintes, removidas do seu contexto, podem ser tanto suas como minhas. Identidade? Individualidade? “Ser ou não ser, eis a questão”.
JORGE AC FIGUEIREDO

Um comentário:

linha exaltada disse...

vários conceitos contenporâneos para a discussão. mas haverá lugra à individualidade num mundo que nos quer cada vez mais iguais uns aos outros. esse é o desafio. cada vez maior. parabesn pela froma gráfica com que trazes este tema para a fotografia.